Polícia

Mulher é hospitalizada após ser torturada e mantida em cárcere privado pelo companheiro em Guarulhos

Uma mulher de 37 anos está hospitalizada após ser torturada e mantida em cárcere privado pelo seu companheiro no Jardim Munira, em Guarulhos. Segundo o relato da vítima, o homem de 27 anos a agrediu com socos, pontapés, mordidas e pedaços de madeira. Na manhã desta quinta-feira (19), ele foi preso pela Polícia Civil, após denúncia da Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal (GCM).

O GWeb teve acesso ao depoimento da mulher, que afirmou que as agressões ocorrem desde o início da relação, há mais de um ano. No entanto, desta vez, segundo a vítima, o homem estava mais agressivo e a ameaçou de morte. Foi a primeira vez que ela registrou Boletim de Ocorrência (B.O)

“Ele me enforcou e eu perdi os sentidos. Eu desmaiei. Eu só achei que ia morrer, porque ele falou que ia me matar. Não é a primeira vez que ele faz isso, só que desta vez ele estava muito violento”, disse.

As agressões teriam começado porque o jantar não estava pronto, segundo a vítima. Ela contou que o homem costumava chegar em casa por volta das 19h; no entanto, nesse dia, ele chegou às 16h, enquanto a refeição ainda estava sendo preparada.

“Então ele ficou alterado, nervoso; aí ele me bateu, fechou a porta e tampou a minha boca. Aí ele começou: chutou minhas costelas, pegou o rodo do banheiro e quebrou nas minhas costas; começou a morder meu rosto, meu braço e meus dedos; chutou meu quadril. Eu achei que ia morrer”, afirmou.

Dedo da vítima apresenta lesões causadas por mordidas

Após as agressões, a vítima conta que foi obrigada a ir com o homem até uma adega para buscar mais bebidas alcóolicas. Chegando em casa, ela foi agredida novamente com um chute nas costas e não conseguiu mais se levantar.

“Então eu só consegui deitar e chorar de dor. Aí ele falava: ‘cala a boca, a sua voz está me irritando; eu já estou por aqui com você. Se eu ouvir mais um piu seu eu vou te matar’. Mas eu não conseguia parar de chorar; não é porque eu queria irritar ele, é porque estava doendo muito, eu não conseguia respirar”, disse.

O homem, então, a manteve em cárcere privado por quatro dias, privando a vítima de qualquer tipo de alimentação.

“Ele não me deixou sair de casa nem no sábado, nem do domingo, nem na segunda, nem na terça. Ontem (18), ele saiu, então eu chamei a minha cunhada que estava no quintal, porque ele viu que eu não conseguia sair da cama, então ele me viu e disse: ‘você não vai embora, porque se você for embora eu vou te procurar até no inferno e vou te matar”, conta a vítima.

A cunhada, então, chamou a polícia e o homem fugiu. Nesta quinta-feira (19), no entanto, agentes da Polícia Civil encontraram e prenderam o agressor, que deve responder pelos crimes de lesão corporal, tortura e cárcere privado.


Coxa da vítima apresenta grave lesões após as agressões

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