A diarista Luiza Gomes Barboza, de 54 anos, ficou estirada à espera de socorro por 80 minutos na ciclovia da Rua Francisco Otaviano, em Ipanema (zona sul do Rio), na tarde desta quinta-feira (24). Ela descia de um ônibus, às 16h30, quando escorregou e bateu a cabeça no asfalto. Testemunhas chamaram o Samu por diversas vezes, mas a ambulância só chegou às 17h50.
“Se minha irmã tivesse que morrer, teria morrido. Ela veio me encontrar no meu trabalho e sofreu o acidente. Ela não consegue se mexer de dor, e ainda é hipertensa, diabética”, contou a irmã Celina da Silva, de 61 anos, que foi avisada do acidente pelo motorista.
Policiais militares foram os primeiros a chegar ao local. Eles também ligaram para o socorro – o telefonema foi dado às 16h51.
“Eu também telefonei para o Samu e a moça fazia tantas perguntas. Queria saber qual era o estado de saúde, se ela tinha quebrado alguma coisa, qual era a idade da vítima. Se fosse uma pessoa famosa já tinha sido socorrida”, afirmou o porteiro Luiz Carlos dos Santos.
Quando a ambulância chegou, os bombeiros disseram que levaram três minutos entre receberem a notificação da central de regulação e o socorro.
A reportagem consultou o Corpo de Bombeiros do Rio sobre o episódio, mas até às 19h30 desta quinta-feira, 24, não havia recebido resposta.