Três crianças e três adultos foram mortos a tiros ontem por uma mulher fortemente armada dentro de uma escola privada presbiteriana em Nashville, capital do Tennessee, informou o hospital do Centro Médico da Universidade Vanderbilt. As três crianças assassinadas tinham 9 anos. Entre os adultos mortos, dois tinham 61 anos e o terceiro, 60. Outras cinco pessoas ficaram feridas: três crianças e dois adultos.
<b>Identidade</b>
A atiradora – identificada como Audrey Hale, de 28 anos, moradora de Nashville que teria estudado na escola quando criança – acabou sendo morta durante confronto com policiais. Segundo o Departamento de Polícia local, Hale seria transgênero. Ela tinha mapas da escola que mostravam os pontos de acesso, muita munição – um indício de que estava disposta a matar muito mais pessoas ou confrontar as forças da lei – e deixou um texto que está sendo analisado, acrescentou a polícia.
O ataque ocorreu no Colégio Covenant, que atende estudantes desde a pré-escola até 11 anos, com cerca de 200 alunos.
O porta-voz da Polícia Metropolitana de Nashville, Don Aaron, disse que policiais responderam a um chamado às 10h13 na hora local (8h13 em Brasília). Ao chegar na escola, ouviram tiros no segundo andar, onde encontraram a atiradora com dois fuzis e uma pistola e com quem trocaram tiros. Aparentemente, duas armas tinham sido adquiridas legalmente na área de Nashville.
Desde o início de 2023, pelo menos 30 incidentes envolvendo armas de fogo foram reportados em escolas nos EUA, deixando 8 mortos e 23 feridos, de acordo com dados da organização Everytown for Gun Safety.
O presidente americano, Joe Biden, disse ontem que a morte de seis pessoas, incluindo três crianças do ensino fundamental, é "o pior pesadelo de uma família" e instou o Congresso a aprovar uma legislação de controle de armas.
<b>Fuzis</b>
"O atirador nesta situação tinha duas armas de assalto e uma pistola", disse Biden durante um evento para pequenas empresas na Casa Branca, referindo-se a relatórios de autoridades locais. "Portanto, peço ao Congresso, novamente, que aprove minha proibição de fuzis de assalto. Já é hora de começarmos a fazer algum progresso", afirmou.
O incidente de ontem desafiou uma estatística recorrente nos EUA, segundo a qual a maioria dos ataques a tiros são cometidos por homens, indica um estudo do cento de investigação The Violence Project. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>