A Prefeitura de São Paulo vai anular a multa do motorista que não encontrar folha de Zona Azul nos postos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e for autuado por estacionar em vagas demarcadas. Diante da queixa de falta de talão por toda a cidade, que teve o preço reajustado de R$ 3 para R$ 5 na última sexta-feira, dia 1º, a Secretaria Municipal de Transportes informou nesta segunda-feira, 4, que os motoristas que não acharem os talões ficarão isentos de pagar a multa se estacionarem sem o bilhete.
Segundo o governo, o motorista que for multado deverá escrever, no recurso da multa, que estacionou sem cartão porque não conseguiu encontrar o bilhete. Ele deverá indicar o posto de venda oficial de Zona Azul onde procurou o bilhete, informando também o horário. As informações serão confrontadas com o próprio posto de venda. Havendo confirmação de que não havia bilhetes disponíveis, a multa será anulada. A penalidade é de R$ 85,12 e resulta da perda de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação.
Logo após o anúncio do aumento, há duas semanas, houve uma corrida pelos talões de R$ 3. Como acabaram os bilhetes com o valor antigo e os novos de R$ 5 não chegaram, muitos pontos de venda, como o do Parque do Ibirapuera (zona sul), não tinham mais nenhum cartão para oferecer aos motoristas.
Sobre o aumento, a CET argumenta que, desde 2009, não havia reajuste na Zona Azul. O índice de correção aplicado, porém, foi superior a 60%, enquanto a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período foi de 33,89%.
A cidade tem atualmente cerca de 37 mil vagas de Zona Azul. O sistema foi criado na capital paulista há quatro décadas. Apesar de a CET ter prometido em janeiro que iniciaria ainda no primeiro semestre a licitação para a instalação de parquímetros, a opção dos talões de Zona Azul continua sendo a única dos motoristas.