A principal preocupação em substituir carvão por fontes renováveis é o preço, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em relatório publicado nesta quarta-feira, porém, o FMI estima que tal transição poderia pagar a si mesma e garantir rendimento líquido global de quase US$ 78 trilhões até o fim deste século.
Há discordâncias entre negociadores sobre como abandonar o carvão. Parte se dá pela oposição às taxas sobre carbono e, agora, mesmo países que poderiam deixar o combustível estão revertendo o progresso em meio aos preços crescentes de energia com a guerra da Rússia na Ucrânia, diz o FMI.
O Fundo destaca que os benefícios de deixar o carvão são evitar os prejuízos pela mudança climática e à saúde da população.
O valor foi calculado com a estimativa de redução de emissões de gases de efeito estufa com a redução de carvão e aplicação do preço sobre tais volumes.
"Nossa pesquisa mostra que o fim do uso de carvão não deve ser visto como muito caro, pois oferece benefícios econômicos com a redução das emissões de carbono, como evitar danos físicos à infraestrutura causados pelas mudanças climáticas", dizem os autores. "Os investimentos em energia renovável também apoiam o crescimento econômico e oferecem benefícios adicionais decorrentes da inovação."