Secretários municipais de saúde de cidades paulistas cobraram um auxílio maior do governo do Estado no combate ao Aedes aegypti. Em entrevista coletiva realizada ontem, representantes do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP) afirmaram que, como a responsabilidade principal de repasses para ações de prevenção é do Ministério da Saúde, o Estado não repassa nenhuma verba para auxiliar as prefeituras nessas despesas. Disseram ainda que não foram informados pela Secretaria Estadual da Saúde sobre o fundo emergencial de R$ 50 milhões anunciado na semana passada pelo secretário estadual David Uip.
“Do Estado, para o controle de vetores, não tivemos nenhum tipo de repasse. O Estado entra nessa parte com as ações da Superintendência de Controle de Endemias, que faz um apoio técnico aos municípios, avalia a situação epidemiológica, a presença do mosquito e, esporadicamente, faz ações pontuais com agentes próprios. Mas são ações não continuadas. E o importante contra a dengue é que ela tenha continuidade”, disse Stenio Miranda, secretário de Saúde de Ribeirão Preto e presidente do Cosems-SP.
A secretaria estadual afirmou que o Cosems-SP “sabe que a atuação do governo no controle de vetores se dá, historicamente, mediante envio de equipes para apoio no trabalho de campo como ações de nebulização e envio de máquinas pesadas”, capacitação profissional e confirmação laboratorial de casos de dengue e zika, além de campanhas educativas. A secretaria afirma que auxiliará os municípios com força-tarefa criada para combater o mosquito.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.