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Murray vence batalha de 5 sets com Raonic e fará final com Djokovic na Austrália

Andy Murray sofreu para confirmar favoritismo, mas garantiu vaga na final do Aberto da Austrália pela quinta vez em sua carreira ao vencer o canadense Milos Raonic por 3 sets a 2, com parciais de 4/6, 7/5, 6/7 (4/7), 6/4 e 6/2, nesta sexta-feira, em uma batalha de 4h03min em Melbourne.

Cabeça de chave número 2 do primeiro Grand Slam do ano e atual vice-líder do ranking mundial, o tenista britânico assim se credenciou para enfrentar na decisão de domingo o sérvio Novak Djokovic, que na última quinta eliminou o suíço Roger Federer com um triunfo por 3 sets a 1.

E, apesar do seu favoritismo, Murray sabia que não teria jogo fácil diante do atual 14º colocado do ranking mundial, até porque este foi um tira-teima entre os dois. Até o duelo desta sexta, cada tenista havia vencido três dos seis confrontos travados entre os dois.

Contra Djokovic, Murray irá enfrentar o tabu de nunca ter conseguido ficar com o título do Aberto da Austrália, onde caiu justamente diante do sérvio nas finais de 2012, 2013 e 2015, depois de também ter sido batido na decisão de 2010 pelo suíço Roger Federer.

O atual líder do ranking mundial, por sinal, irá defender ampla vantagem no retrospecto de duelos diante de Murray, que só ganhou nove dos 30 confrontos que fez com o sérvio. E o retrospecto mais recente o credencia ainda mais como favorito contra Murray, pois ganhou dez das últimas 11 partidas que fez com o escocês. No ano passado, entretanto, o britânico mostrou força uma vez ao derrotar o poderoso adversário na decisão do Masters 1000 do Canadá.

Para ter a chance de voltar a desafiar Djokovic, cinco vezes campeão do Aberto da Austrália, Murray precisou suar muito para passar por um inspirado Raonic. O canadense contabilizou 23 aces na partida e esteve por duas vezes com um set de vantagem sobre o britânico, que só conseguiu deslanchar de vez nas duas últimas parciais.

Murray aproveitou apenas quatro de 16 chances de quebrar o saque de Raonic, que, por sua vez, converteu somente um de seis break points cedidos pelo seu adversário. Sem medo de errar seus golpes do fundo de quadra, o canadense acumulou 72 winners, mas também cometeu 78 erros não forçados, contra 38 bolas vencedores e apenas 28 erros do seu rival.

Murray também acumulou nove pontos de saque, com o qual foi absoluto no último set ao não oferecer chances de quebra ao adversário, que já vinha atuando no sacrifício por causa de um problema físico – após o término do terceiro set, ele chegou a pedir atendimento médico e foi ao vestiário para tratar um problema na virilha direita.

A vitória desta sexta-feira também assegurou a Murray a sua permanência na vice-liderança do ranking mundial, que será atualizado novamente na próxima segunda-feira. Essa será a nona final de Grand Slam disputada pelo britânico, que foi campeão do US Open de 2012 e de Wimbledon em 2013, em ambas ocasiões batendo Djokovic na final.

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