Representantes da Fundação Roberto Marinho, que desenvolveu e implementou o Museu da Língua Portuguesa, e do governo do Estado de São Paulo, ao qual o equipamento é vinculado, vão se reunir na próxima semana para começar a traçar um plano de trabalho para recuperação do prédio da Estação da Luz, que pegou fogo no dia 21. Não há previsão para o início das obras, disse o diretor-geral da fundação, Hugo Barreto.
“Qualquer coisa que eu falar agora será uma manifestação de desejos, e não um plano. Estamos na fase de avaliação de danos”, disse o diretor. Ele vem se comunicando com frequência com o secretário estadual de Cultura, Marcelo Araujo, desde o acidente que matou o funcionário Ronaldo Pereira, de 39 anos, bombeiro civil que tentava combater o fogo.
“Não temos um cenário objetivo, a não ser o desejo de que o museu volte a existir. Qual é a estratégia a médio prazo? A gente não sabe. O que posso dizer é que existe a vontade da fundação e do governo de retomar a parceria, só não sabemos como isso vai ser feito, como o museu será reconfigurado ou reconstruído”, afirmou Barreto.
Uma ideia que já surgiu é expor uma pequena parte do conteúdo do museu, apresentando as origens e as influências sofridas pela língua portuguesa, em uma área do prédio que não foi incendiada.
Todo o trabalho terá de ser feito com os órgãos de patrimônio – o imóvel de 148 anos é tombado. O telhado, que era de madeira original, foi destruído, e será preciso decidir se haverá uma recomposição ou um redesenho. O fogo começou no primeiro andar do museu, onde estava em cartaz uma exposição temporária sobre a obra do historiador Luís da Câmara Cascudo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.