Economia

Na abertura, Bovespa recupera 66 mil pontos, enquanto dólar marca mínima

A expectativa pessimista de analistas do mercado e a pressão negativa de índices acionários no exterior não contaminaram a Bovespa na abertura do pregão desta sexta-feira, 3. A despeito das previsões, a Bolsa brasileira abriu com o sinal positivo no momento em que o dólar acentuou as perdas ante o real, em linha com o enfraquecimento externo em relação ao peso mexicano e rand sul-africano.

Para operadores de câmbio, o mercado está realizando lucros antes do esperado discurso da presidente do Fed (o banco central norte-americano), Janet Yellen, às 15 horas (de Brasília). Os juros futuros acompanham a desvalorização da moeda americana ante a brasileira.

O euro bateu novas máximas ante a moeda americana na última hora. O motivador ainda é a divulgação de uma pesquisa de intenção de voto que mostrou, pela primeira vez, o candidato independente centrista Emmanuel Macron (27%) à frente da candidata de extrema-direita, Marine Le Pen (25,5%), no primeiro turno da corrida à presidência da França.

Às 10h50, o Ibovespa marcava máxima aos 66.385,83 pontos (+0,81%). “É uma abertura com caça às pechinchas”, diz um profissional de renda variável. Na avaliação do operador da mesa institucional da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro, o início do pregão mostra um ajuste às perdas de quinta – quando o indicador fechou abaixo do patamar dos 66 mil pontos. Monteiro pondera que a abertura otimista não indica que o índice ficará toda a sessão sob sinal positivo.

Todas as blue chips colaboram neste momento para a apreciação do Ibovespa. O petróleo corrobora o desempenho das ações da Petrobras e segue em alta modesta. Apesar da queda do minério de ferro nesta sexta no mercado à vista chinês, há perspectiva positiva para a commodity.

Em relatório, o Credit Suisse estima que o preço atinja o pico de US$ 95 a tonelada no segundo semestre deste ano. Nesta sexta, o preço da commodity está em torno de US$ 90 a tonelada.

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