Enquanto o mundo sobe juros agressivamente na luta contra a inflação, o Japão tenta viabilizar os preços altos por mais tempo. Com o risco de deflação sobre a economia japonesa nos últimos anos, o Banco do Japão (BoJ, banco central local), tem mantido uma política monetária relaxada na tentativa de segurar o nível do índice de preços ao consumidor (CPI), que registrou em abril 2,5%, a maior taxa em 12 meses em 31 anos.
Analistas ouvidos pelo <b>Estadão/Broadcast</b>, contudo, não veem sustentabilidade da alta nos preços no país. Sayuri Shirai, professora de Economia da Universidade de Keio e membro do conselho do BoJ entre 2011 e 2016, explica que a inflação baixa no Japão nos últimos anos tem relação com um consumo lento, em parte devido ao avanço tímido dos salários, baixa expectativa sobre remunerações futuras e preocupações acerca da longevidade da população. Fatores culturais também pesam, como a relutância de empresas em elevar preços.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>