Mesmo com diferentes atrações e lojas espalhadas pelo complexo do Santuário Nacional de Aparecida, no interior de São Paulo, uma longa fila se formou desde cedo na parte de fora da igreja: ali os fiéis esperavam ansiosos pelo momento de passar diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida.
A visitação à imagem encontrada no Rio Paraíba do Sul em 1717 começou às 2 horas e é considerada o momento mais importante da visita ao santuário. Os pedidos foram muitos, mas um prevaleceu: saúde.
Paulo Zanette e seu filho, Bruno, por exemplo, caminharam 160 quilômetros até Aparecida. Os cinco dias na estrada foram dedicados a pedir por uma amiga da família, que está grávida. "Ela já perdeu seis filhos."
Moradora de Limeira, Silvia Bearari levou uma peça de cera que representava a recuperação do filho, que superou a covid-19. "Ele estava muito mal, intubado. Eu pedi para Nossa Senhora e ela tirou ele da UTI. Por isso, vim agradecer", conta Silvia, que segurava ainda uma cabeça de cera, para representar a cura de um problema em seus olhos.
Emocionada, Sandra Rocha foi a Aparecida agradecer pela recuperação do pai, que sofreu um acidente vascular cerebral no início do ano. Para ela, a espera de uma hora na fila valeu a pena. "Não demorou muito. Fiquei uma hora e passei pela imagem com o meu pai."
Depois de 11 horas de caminhada, Maria de Lourdes Anacleto ainda encontrou forças para esperar na fila. "Eu vim pedir por saúde. Vim pedir também pelo fim da pandemia."
A fila para a visita da imagem é de longe o lugar que concentra mais devotos e fica à parte da nave principal. Apenas 2,5 mil fiéis puderam acompanhar cada celebração dentro do Santuário Nacional, que tem capacidade total para receber 35 mil pessoas. Durante todo o dia, ocorreram missas na igreja e no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>