Estadão

Na ONU, China critica sanções contra a Rússia e encoraja diálogo compreensivo

Na avaliação do embaixador da China nas Nações Unidas, Zhang Jun, as sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia não são efetivas para lidar com a guerra na Ucrânia e geram problemas mais complexos, além de acelerar os reflexos do conflito. Os comentários foram feitos nesta terça-feira, 5, durante reunião do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas.

Zhang também encorajou "diálogos compreensivos" pelos Estados Unidos, Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e União Europeia com a Rússia. O representante afirmou que a comunidade internacional "deveria contribuir" com as negociações entre Moscou e Kiev.

Em relação aos ataques em Bucha, o embaixador disse que as condições e causas devem ser confirmadas e averiguadas. Mais uma vez, Zhang defendeu que seu país busca um "único objetivo, que é promover a paz".

<b>Brasil</b>

O representante brasileiro na Organização das Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, disse nesta terça-feira, 5, que o Conselho de Segurança da ONU está fracassando em estabelecer um diálogo entre Rússia e Ucrânia para uma solução pacífica. "O Conselho tem dever e responsabilidade de lidar com essas situação de maneira efetiva", frisou Costa, em reunião do órgão.

Em seu discurso, o Brasil reiterou o pedido para que todas as partes envolvidas no conflito respeitem as leis internacionais humanitárias. Costa afirmou que nem a Assembleia Geral da ONU, nem o Conselho de Segurança devem ser "espectadores" do desastre atual.

"A comunidade internacional está testemunhando por tempo demais cenas de destruição em cidades que eram pacíficas", disse Costa. "As pessoas estão em campos de batalha, sem comida, sem água e sem eletricidade", enfatizou.

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