Estadão

Na ONU, Cuba pede que EUA parem de usar poder de veto para paralisar Conselho de Segurança

O primeiro vice-ministro de Relações Exteriores de Cuba, Gerardo Peñalver, criticou o uso do poder de veto dos Estados Unidos para paralisar o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU). Na semana passada, os norte-americanos foram os únicos a votar contra a resolução proposta pelo Brasil, na presidência do Colegiado no mês de outubro, sobre a situação no Oriente Médio.

"Exigimos ao governo dos Estados Unidos que não continue a paralisar o Conselho de Segurança usando o poder de veto antidemocrático e obsoleto para proteger as potências ocupantes", disse Peñalver, durante sessão especial de emergência da Assembleia-Geral das Nações Unidas (AGNU), nesta quinta-feira.

Na semana passada, a proposta de resolução sugerida pelo Brasil, que preside o Conselho de Segurança no mês de outubro, teve 12 votos a favor de um total de 15, com apoio de sobra para ser adotada. No entanto, os EUA usaram o poder de veto como membro permanente do órgão e foram contrários ao texto, alegando a ausência da autodefesa de Israel, o que inviabilizou a sua aprovação. Além dele, Rússia, China, França e Reino Unido também têm o mesmo direito.

Sem consenso em torno de uma resolução do Conselho de Segurança, os países pediram uma reunião de emergência na Assembleia-Geral da ONU, que acontece hoje. Até o momento, quatro textos foram apreciados pelo Colegiado, mas barrados.

O Brasil negocia com os membros eleitos, os chamados E10 , uma nova resolução que visa a combinar os melhores elementos dos demais textos já apreciados.

"É hora de o Conselho de Segurança cumprir as suas funções e defender as suas próprias resoluções envolvendo a Palestina", disse o cubano, em reunião da Assembleia-Geral, nesta quinta-feira. Ele condenou a ocupação de Israel no território palestino e disse que é urgente a coordenação da ajuda humanitária de emergência das Nações Unidas diante da "situação catastrófica" em Gaza.

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