Estadão

Na ONU, presidente do Irã chama sanções dos EUA de crimes contra a humanidade

O presidente do Irã, Seyyed Ebrahim Raisi, adotou tom crítico aos Estados Unidos durante seu discurso pré-gravado em ocasião da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas nesta terça-feira, 21.

O mandatário, eleito em junho deste ano, disse que os recentes episódios da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e a conturbada saída das tropas americanas do Afeganistão – a qual ele classificou como "expulsão" – são prova de que os EUA "não têm credibilidade para impor sua hegemonia" interna ou internacionalmente.

Raisi protestou contra a adoção de sanções ao Irã pelo governo americano, classificando-as como "um crime organizado contra a humanidade" e a "nova forma de guerra dos EUA" contra o resto do mundo. Segundo ele, as sanções de Washington não começaram como resposta ao programa nuclear da nação islâmica.

A retirada das sanções à Teerã, de acordo com o presidente iraniano, é necessária para que o acordo nuclear de 2015 seja retomado. "Os EUA ainda não cumpriram com sua obrigação para reformarmos o acordo. Apenas pedimos pelo o que é de nosso direito", argumentou.

Os esforços da administração do presidente Joe Biden pela retomada do acordo foram lidos por Raisi como prova de que "os americanos reconhecem que sua tentativa de burlar o pacto falhou totalmente". Em maio de 2018, o então presidente americano Donald Trump retirou os EUA do acordo nuclear.

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