Dois meses após decisão da Justiça que determinou a extinção de aproximadamente 1.100 cargos em comissão da Prefeitura de Guarulhos, o que prejudicou a realização de uma série de serviços da voltados diretamente à população, o prefeito Guti ultima os detalhes de um novo projeto para recompor os quadros, que deve gerar uma economia superior a R$ 10 milhões neste segundo mandato.
Um novo projeto de lei deverá ser encaminhado à Câmara Municipal no início da próxima semana com a criação de um número pouco menor de cargos, mas com salários reajustados para baixo, o que vai gerar a economia mensal superior a R$ 210 mil. Segundo apurado, para garantir a legalidade dos novos cargos, a Prefeitura realizou uma série de debates com órgãos consultivos do Judiciário, a fim de garantir o máximo de transparência nas contratações, que são vitais para o bom funcionamento da máquina pública.
Entre os serviços prejudicados, conforme a reportagem apurou, a Secretaria de Obras aponta vários. Houve grande prejuízo no setor de Iluminação Pública, já que as melhoras obtidas ao longo dos últimos quatro anos tiveram participação efetiva de servidores comissionados. Ainda dentro da mesma pasta, importantes engenheiros, que também estavam em cargos de comissão, acabaram desligados, prejudicando o andamento de importantes projetos. Hoje falta pessoal também nas áreas de infraestrutura e também de saneamento.
Nas secretarias de Assistência Social e também no Fundo Social de Solidariedade, a falta de funcionários comissionados prejudica o atendimento direto à população mais carente. Alguns serviços, mesmo não sendo paralisados, estão com o atendimento bastante deficitário, causando certa demora no atendimento de diversas demandas. No Governo, há falta de pessoal até para encaminhar processos internos, importantes para a agilização de novos projetos e serviços à população.
No início de 2017, quando Guti assumiu o primeiro mandato como prefeito, ele aprovou junto à Câmara Municipal, o projeto que reduziu o número de cargos em comissão, que chegou a mais de 1900 nas gestões petistas, para cerca de 1.100, o que já havia garantido uma boa economia aos cofres públicos nos quatro anos de gestão.