O Atlético de Madrid recebeu o Bayern de Munique nesta quarta-feira e mostrou que é novamente candidato a ir longe na Liga dos Campeões. Com seu já conhecido estilo de muita marcação e disposição, apoiado por sua fanática torcida, derrotou uma das principais equipes da Europa por 1 a 0, com gol de Carrasco, e se isolou na liderança do Grupo D do torneio continental.
O confronto foi uma reedição da semifinal da Liga dos Campeões da temporada passada, quando o Atlético eliminou o Bayern. Coincidência ou não, naquela ocasião os espanhóis venceram pelo mesmo placar em casa e garantiram o direito de disputar a decisão – perderiam nos pênaltis para o Real Madrid.
A vitória levou o Atlético a seis pontos, três à frente do Bayern, que agora ocupa a segunda colocação da chave. O prejuízo alemão só não foi maior porque na outra partida do grupo, PSV e Rostov ficaram no empate por 2 a 2 e têm apenas um ponto. No dia 19 acontece a terceira rodada. O Atlético viaja para encarar o Rostov na Rússia, enquanto o Bayern recebe o PSV em Munique.
O JOGO – As duas equipes começaram se estudando e as primeiras finalizações saíram somente após os 10 minutos. Aos 12, Müller recebeu de Thiago na área e bateu firme, de primeira, exigindo boa defesa de Oblak. Seis minutos depois, Carrasco ficou com a bola na intermediária, cortou o zagueiro e parou em Neuer.
Aos poucos, o Atlético apertou a marcação no meio de campo e passou a atrapalhar a saída de bola do Bayern. O time espanhol cresceu na partida, se tornou dono das ações e só não marcou mais cedo porque Fernando Torres estava com a mira bastante descalibrada.
Aos 21 minutos, Lewandowski errou ao tentar ajudar a defesa em escanteio e desviou para trás. Torres chegou sozinho na segunda trave e, dentro da pequena área, sem goleiro, conseguiu acertar a trave. Aos 33, Koke deu enfiada milimétrica para o atacante, que dominou sozinho na área, perdeu a passada e bateu para fora.
O Atlético pressionava, e bastou a chance cair em outros pés que o primeiro gol saiu. Aos 34, Griezmann ficou com a posse no meio e tocou para Carrasco, que arrancou pela esquerda e bateu cruzado da entrada da área. A bola ainda tocou na trave antes de entrar.
O Atlético tinha total controle da partida, e o Bayern só reagiu na etapa final. Até pelo ritmo imposto no primeiro tempo, os espanhóis cansaram depois do intervalo. Com isso, os visitantes ficaram mais próximos do estilo de jogo que gostam, com a posse de bola no campo do adversário.
A característica de forte marcação defensiva do Atlético, então, passou a fazer a diferença. O Bayern tocava no campo adversário, mas não assustava. Do outro lado, os espanhóis apostavam em um contra-ataque para matar o jogo e quase conseguiram aos 21, quando Carrasco tentou de fora da área e Neuer fez grande defesa.
Na base da pressão e da qualidade de seus jogadores, o Bayern se lançou todo ao ataque nos últimos minutos, e só então passou a assustar. Aos 32, após cruzamento da direita, Lewandowski subiu e cabeceou bem, rente à trave. Três minutos depois, Robben tabelou com Ribéry e bateu perto.
Mas o Atlético seguia sendo perigoso nas poucas vezes em que se aventurava no ataque. Filipe Luís se destacava como uma arma pela esquerda e foi ele quem sofreu pênalti aos 37. Vidal se afobou e calçou de forma infantil o brasileiro. Griezmann foi para a cobrança e acertou o travessão. Mas não faria falta, porque o Bayern sequer assustaria até o apito final.