Estadão

Na Síria, ataque a um presídio no nordeste do país deixa pelo menos 70 mortos

Autoridades sírias estimam que mais de 70 pessoas tenham sido mortas na quinta-feira (20) no ataque ao presídio de Ghwayran, na cidade de Hasakeh, no nordeste da Síria. O local abriga cerca de 3.500 membros do Estado Islâmico, incluindo líderes do grupo. Na sexta-feira (21), em comunicado divulgado por sua "agência de notícias" Amaq, o grupo radical reivindicou a responsabilidade pelo ataque, afirmando que o objetivo da operação era libertar os presos.

"Pelo menos 28 membros das forças de segurança curdas, cinco civis e 45 combatentes do EI foram mortos", informou o diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), Rami Rahman. Neste sábado, 22, o porta-voz das Forças Democráticas Sírias (SDF), dominadas pelos curdos, Farhad Shami, afirmou que a luta segue no lado norte da prisão, referindo-se a uma "situação excepcional dentro e ao redor" da penitenciária.

Muitas prisões nas áreas controladas pelos curdos da Síria, onde combatentes do antigo exército do EI são mantidos, eram originalmente escolas e, portanto, inadequadas para mantê-los detidos.

<b>Guerra</b>

A guerra na Síria, desencadeada em 2011 pela repressão a manifestantes pró-democracia, foi agravada ao longo dos anos com o envolvimento de potências regionais e internacionais, num contexto de emergência do Estado Islâmico. O conflito causou meio milhão de mortes, devastou o país e deslocou milhões de refugiados. (Com agências internacionais).

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