O secretário de Estado norte-americano John Kerry reuniu-se na manhã desta segunda-feira com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov para discutir a violência na Ucrânia, as negociações sobre o programa nuclear do Irã e a crise na Síria, informou um funcionário do Departamento de Estado.
A relação entre os dois países continua tensa. Estados Unidos e seus parceiros europeus estudam a possibilidade de impor mais sanções à Rússia em razão de seu apoio aos separatistas na Ucrânia. Autoridades recusaram-se a dizer se as novas sanções poderão ser impostas se os separatista pró-Rússia da região ucraniana de Debaltseve não respeitarem a nova trégua.
“Não quero estabelecer um aspecto particular como o gatilho para uma ação neste momento”, declarou o funcionário do Departamento de Estado.
Mais de 6 mil pessoas foram mortas na Ucrânia desde abril do ano passado. Vários acordos de cessar-fogo não conseguiram conter a violência nas regiões leste do país, informou nesta segunda-feira o escritório para direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Kerry e Lavrov trocaram um duro aperto de mão antes de entrarem no hotel, que fica à margem do lago Genebra, onde acontece o encontro. As tensões entre os países se agravaram com o assassinato do líder opositor russo Boris Nemtsov, morto a tiros na sexta-feira. Autoridades norte-americanas pediram a realização de uma investigação “transparente e digna de confiança” sobre a morte de Nemtsov.
A reunião é a primeira desde que Kerry usou seu testemunho perante o Congresso, na semana passada, para acusar autoridades russas de mentir a respeito de seu envolvimento na Ucrânia. Kerry e Lavrov haviam se encontrado pela última vez durante a Conferencia sobre Segurança em Munique, no mês passado.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve discursar nesta segunda e terça-feira em Washington, quando vai criticar as negociações nucleares dos Estados Unidoscom o Irã. Kerry deve se reunir com seu homólogo iraniano Javad Zarif ainda nesta segunda-feira na cidade suíça de Montreux, para reduzir as diferenças que ainda permanecem, antes do prazo final para as negociações, que acaba no final do mês. Fonte: Dow Jones Newswires.
