Estadão

Na Ucrânia, Brasil transfere diplomatas e embaixador ante riscos da guerra

O Itamaraty informou na noite desta terça-feira, 1º, que realocou diplomatas acreditados em Kiev para duas bases de apoio temporárias, a fim de melhorar o atendimento aos brasileiros que tentam escapar da guerra da Ucrânia. Na prática, a medida implica no deslocamento do embaixador Norton Rapesta e da equipe para fora de Kiev, capital ucraniana e principal alvo da ofensiva do exército russo.

Os escritórios consulares temporários ficarão em Lviv, próxima à fronteira da Ucrânia com a Polônia, e em Chisinau, capital da Moldávia. "Por força da deterioração da situação de segurança em Kiev, embaixadas de vários outros países têm igualmente estabelecido missões de apoio fora da capital da Ucrânia, sobretudo em Lviv", explicou o Ministério das Relações Exteriores.

O <i>Estadão/Broadcast</i> apurou que a embaixada deixou de ser frequentada pelos diplomatas, apesar de oficialmente não ter sido fechada por completo. Ela continua "operacional", mas os diplomatas brasileiros estão trabalhando remotamente.

Em Brasília, o Itamaraty justificou que os diplomatas vão focar no atendimento consular mais próximo e presencial aos brasileiros que se dirigem à fronteira, onde há mais demanda. A embaixada continuará prestando assistência consular por telefone e por meio da internet e redes sociais.

Ao todo, oito diplomatas foram transferidos de postos no exterior para Varsóvia, na Polônia, a fim de auxiliar na operação de retirada. Parte deles irá ao novo posto em Lviv. Servidores do Ministério da Defesa também cooperam. Mais de 100 brasileiros conseguiram deixar o país, principalmente em viagens de trem com assistência da embaixada ou por conta própria.

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