O candidato à presidência da Câmara Arthur Lira (PP-AL), líder do "Centrão" e do Progressistas na Casa, pregou calma para se encontrar uma solução sobre o fim do auxílio emergencial, sem ferir o teto de gastos. "Não sou mágico, não tem como propor uma solução no curto prazo, sem abalar o que todo mundo preza", disse ele sobre o risco de extrapolar o orçamento da União e arranhar a credibilidade do País frente a investidores, estourando o teto de gastos.
"Estamos no recesso, sem Orçamento, sem previsão de PLN (projetos de crédito orçamentário)", afirmou em conversa com jornalistas na manhã desta segunda-feira, 11, em Brasília. Ele disse que ao longo de 2020 defendeu que se discutisse a criação de um novo programa social, enquanto a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do "orçamento de guerra" estava valendo.
"Não dá pra falar vamos votar o auxílio agora sem falar de onde tirar recurso", afirmou. "Com clama e muita firmeza, o único caminho é votar rapidamente o orçamento com a CMO (Comissão Mista do Orçamento) e ainda, na primeira quinzena, o governo possa fazer algum aceno com o orçamento de modo que não se crie problemas".
Segundo ele, a CMO deve ser instalada na primeira semana de fevereiro e o orçamento deve ser aprovado até a primeira quinzena do próximo mês.
Lira colocou a PEC Emergencial como prioridade número um para a retomada da economia e "capaz de abrir condições orçamentárias". Segundo ele, se eleito, a PEC Emergencial será prioridade, seguido das reformas administrativa e tributária. A emergencial, no entanto, tramita hoje no Senado.
O encontro desta segunda-feira contou com a presença do deputado Marcelo Ramos (PL-AM), da chapa de Lira, de Luis Miranda (DEM-DF) e de Celso Sabino (PSDB-PA), cujo partido apoia o candidato adversário Baleia Rossi (MDB-SP).