O número de casos suspeitos de coronavírus no País caiu para 14, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na tarde desta segunda-feira, 3. Ceará e Paraná, que tinham um registro cada em investigação, descartaram as suspeitas, mas o Rio de Janeiro incluiu uma nova infecção suspeita. Nenhum caso foi confirmado.
Com o novo balanço, quatro Estados brasileiros investigam casos suspeitos da doença: além do Rio, com uma suspeita, integram a lista São Paulo (7), Rio Grande do Sul (4) e Santa Catarina (2). No total, 13 casos já foram descartados. O Brasil também irá elevar o grau de risco ao nível 3, de "emergência em saúde pública" em território nacional, devido ao avanço da doença. O governo Bolsonaro também prepara uma medida provisória sobre regras para quarentena de brasileiros que deixarem Wuhan.
De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, todos os secretários estaduais da Saúde do País e os secretários municipais das capitais foram convocados para uma reunião na próxima quinta-feira, 6, em Brasília. "Será pauta única de coronavírus", declarou.
A elevação do nível de alerta permitirá mais agilidade administrativa ao governo para contratações de equipamentos de segurança, como máscaras e luvas para agentes de saúde, assim como para a operação de retirada de brasileiros que estão na região de Wuhan, na China, epicentro da doença.
O ministro afirmou que o governo ainda não decidiu em qual base militar os brasileiros trazidos da China serão mantidos em quarentena. "As pessoas vão precisar de quartos individuais porque, se um apresentar sintoma e estiver no mesmo local, outro pode pegar (o vírus). Todos esses pormenores estão sendo discutidos por uma equipe técnica", disse.
Mandetta afirmou que, dos 55 brasileiros que vivem em Wuhan, cerca de 40 manifestaram interesse em retornar ao Brasil. Ele falou que somente os brasileiros dessa região serão repatriados porque as demais áreas do país chinês não estão em isolamento e, portanto, as pessoas podem viajar normalmente.