Internacional

Não há consenso se Rússia sabia antes de ataque químico na Síria, diz Spicer

O secretário de Imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou em coletiva de imprensa que não há um consenso na Inteligência do governo se a Rússia sabia sobre o ataque químico na Síria antes de ele ocorrer.

Mais cedo, um relatório da Inteligência da Casa Branca trouxe informações de que há evidências que o governo da Síria preparou o ataque químico em uma base militar compartilhada com a Rússia, o que faria com que o país soubesse da ação antes de ela ocorrer. Além disso, o relatório destacou que há “claras evidências” de que a Rússia tentou encobrir o ataque com uma campanha de desinformações.

“A Rússia está isolada, se alinhou com os países errados, Irã e Síria. Está do lado errado da História”, declarou Spicer.

Spicer falou sobre a visita do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, à Rússia, que acaba de chegar ao país. O secretário afirmou que Tillerson tem o objetivo de enviar a mensagem de que a Rússia deve honrar seu comprometimento de não apoiar o uso de armas químicas.

Questionado se Tillerson será “esnobado” pelo presidente russo, Vladimir Putin, que até o momento não confirmou se irá se encontrar com a autoridade norte-americana, Spicer afirmou que o “encontro apropriado” e agendado é com Sergey Lavrov, ministro de Relações Exteriores da Rússia. “Se Tillerson não se encontrar com Putin, ele pode passar a mesma mensagem para Lavrov”, disse.

Spicer também falou sobre as tensões com a Coreia do Norte e afirmou que Trump “não tolerará mais ações” do país envolvendo ameaças nucleares. Ao mesmo tempo, garantiu que não há evidências que a Coreia do Norte tenha artefatos nucleares que tornem a ameaça do país algo iminente.

O porta-voz do presidente Donald Trump ainda destacou que as motivações do governo dos EUA para realizar a ofensiva aérea na Síria estão relacionadas com os “horrores do ataque químico”. “Ver bebês morrerem asfixiados deveria comover qualquer um”, disse. Logo após, ele reiterou que não vê “uma Síria estável e em paz com Assad no poder” e que “nem mesmo o desprezível Hitler usou armas químicas”.

O porta-voz foi repreendido por um repórter durante a coletiva, que questionou se ele não gostaria de clarificar seu comentário, já que Adolph Hitler usou o gás zyclon B nas câmaras de gás dos campos de concentração nazistas, matando milhões de pessoas.

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