Diversos partidos já realizaram suas convenções neste final de semana e ratificaram apoios para prefeito e coligações tanto nas eleições majoritárias como proporcionais. Apesar de tudo acertado perante os filiados, alguns caciques ainda poderão fechar a ata até o prazo máximo junto à Justiça Eleitoral no início de agosto. Desta forma, tem pré-candidato a prefeito redobrando a atenção para não sofrer algum revés de última hora. Em 2012, os “donos” do PT do B, por exemplo, tiveram de se explicar na Justiça porque não respeitaram o resultado da convenção e se acertaram, na calada da noite, com o então candidato Sebastião Almeida (PT).
Memória recente
Esse tipo de cuidado é necessário que já os atores, nesta disputa, são praticamente os mesmos das eleições passadas. Muitos mudaram de partido. Outros hoje defendem exatamente o contrário do que rezaram nos últimos quatro anos, seja por conveniência momentânea ou até mesmo por meio de um plano muito bem engendrado para se manter no poder, não importando ideologia nem mesmo alguma linha lógica de pensamento. Nem é necessário citar nomes para saber quem são os artistas.
Sem estrelas
A convenção que ratificou o nome do deputado Eli Corrêa Filho como o nome do DEM na corrida à Prefeitura foi bastante concorrida no sábado, em evento que fechou a rua Felício Marcondes, em frente ao Guarulhão. Centenas de pessoas se aglomeraram em frente ao palco para acompanhar os discursos. Porém, nenhuma grande estrela dos Democratas apareceu na cidade. Os nomes de maior destaque, segundo a própria assessoria de Corrêa, foram o deputado federal e presidente estadual do DEM, Jorge Tadeu Mudalen, deputado federal Augusto Coutinho (Solidariedade-PE), os deputados estaduais do DEM, Milton Leite Filho e pastor Cesinha de Madureira, além de Gileno Gomes, presidente do PSL de Guarulhos.
Frente tucana
O prefeiturável do PSDB, Carlos Roberto, esteve no domingo em São Paulo para prestigiar a convenção municipal do partido na Capital, que referendou os nomes do empresário João Dória e do deputado Bruno Covas, que concorrerão pelos tucanos à Prefeitura de lá. Assim como Carlos Roberto prega em Guarulhos, o nome do PSDB em São Paulo centrou seu discurso na necessidade de mudança da administração, para romper o projeto de poder que levou o PT a criar um cinturão vermelho quando ganhou as principais prefeituras da Grande São Paulo. A fórmula seria buscar a descentralização e implantar na Prefeitura a meritocracia, quando as competências são valorizadas na ocupação de cargos importantes.
Renegando Jesus
Alguns assessores diretos do presidente da Câmara Municipal, Professor Jesus (DEM), que viveram em volta do poder desde o primeiro minuto de seu mandato, já o abandonaram de olho na sucessão do Legislativo. Mesmo antes das eleições, estão abraçando outro vereador, que também mudou de partido, e que será – em caso de vitória nas urnas – trabalhado para manter o controle da Casa de Leis por, pelo menos, mais dois anos. No entanto, não basta renegar Jesus três vezes, precisa também combinar com os eleitores para que o plano maquiavélico dê certo.
Nota : Devido a compromissos profissionais deste colunista fora de Guarulhos, a Coluna Cnectado volta a ser publicada apenas na próxima sexta-feira, dia 29.
