Economia

Não temos mais “sofrência” na Petrobras, diz Monteiro

O presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, aproveitou a cerimônia de encerramento da Rio, Oil & Gas 2018 para fazer uma prestação de contas ao presidente Michel Temer, presente ao evento, dizendo que na companhia “não há mais sofrência”, se referindo à melhora das finanças da empresa cujas ações nesta quinta-feira, 27, subiram cerca de 7% e superaram R$ 300 bilhões em valor de mercado.

“A Petrobras também arrumou a casa, privilegiamos as decisões colegiadas, o foco na rentabilidade e no retorno para os acionistas”, disse durante discurso, onde comemorou a alta das ações no mesmo dia em que a empresa anunciou o pagamento para encerrar ações contra a estatal brasileira na Justiça norte-americana.

A companhia irá reconhecer, como provisão dos acordos, o valor de US$ 853,2 milhões, estimado em R$ 3,6 bilhões, incluindo tributos, nas demonstrações financeiras.

Monteiro afirmou que o setor de petróleo e gás natural vive um momento “de retomada do otimismo”, e que a Petrobras está preparada para enfrentar o aumento de competição no mercado.

“A Petrobras se sente confortável competindo”, afirmou, um pouco depois de prever que o leilão que será realizado nesta sexta-feira, 28, a 5ª Rodada de Partilha de Produção será um sucesso. Ele lembrou que desde que foram retomados os leilões já foram arrecadados R$ 21 bilhões para o governo.

“Tanto a competição quanto a parceria nos estimula, e nos faz crescer com a troca de experiências tecnológicas com nossos parceiros”, observou.

Monteiro anunciou também que está finalizando os estudos para a retomada das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), brincando que com isso o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, presente na cerimônia de encerramento do evento, “vai me tirar do SPC”, referindo-se à dívida que a estatal considera ter com o Estado.

Ele se comprometeu a dar continuidade ao crescimento da empresa e disse que pretende debater com transparência as mudanças que estão sendo feitas na política de combustíveis pelo atual governo, que afeta diretamente a companhia que é monopolista no refino.

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