Em construção de um planejamento para quando a pandemia do novo coronavírus permitir a volta das atividades normais, a NBA estuda transferir todos os jogos que restam da temporada regular e os que ainda acontecerão pelos playoffs para uma única sede, a cidade de Las Vegas.
Se por um lado a pausa nas atividades pela covid-19 está atrapalhando o planejamento inicial da liga, por outro os executivos têm tempo para pensar no que fazer e cogitar possibilidades. Com alguns duelos ainda restando da temporada regular, uma das ideias é justamente reduzir a quantidade de compromissos que faltam para cada equipe, que seriam realizados numa única sede. As informações são de Adrian Wojnarowski, da ESPN americana.
Las Vegas dispõe de hotéis, cassinos e toda a infraestrutura necessária para receber as 30 equipes da NBA, realizar suas partidas e transmiti-las para o mundo todo. Com o fim da temporada regular, iniciam-se então os playoffs, que também estão tendo seu formato revisto e devem ocorrer em Las Vegas.
Segundo o jornalista, são diversos os cenários possíveis para agir e todos giram em torno de realizar as partidas sem a presença de torcedores, incluindo a pós-temporada e as finais. Contudo, retomar as atividades somente quando a pandemia do coronavírus estiver bem mais controlada e quando as autoridades de segurança e saúde autorizarem.
Desde que a pandemia começou, a NBA foi uma das primeiras entidades mundiais a tomar medidas drásticas para conter o vírus. Diversos jogadores contraíram a doença, o mais notável dele foi o astro Kevin Durant, do Brooklyn Nets. Rudy Gobert e Donovan Mitchell, do Utah Jazz, foram os primeiros casos noticiados.
Recentemente, Marcus Smart, do Boston Celtics, foi divulgado como curado e o time do Los Angeles Lakers, que realizou isolamento social completo de seus atletas por 14 dias, anunciou também que nenhum deles apresenta sintomas da covid-19.
REDUÇÃO DE SALÁRIOS – Outra medida que a NBA está estudando tomar é em relação aos salários milionários dos jogadores. A ideia da liga é reduzir em 50% de redução a partir do dia 15 de abril. Entretanto, a Associação Nacional de Jogadores de Basquete (NBPA, da sigla em inglês) respondeu que apenas aceitará corte de 25% e a partir de 15 de maio.
Ambas as partes ainda discutem o que fazer do ponto de visto financeiro, se a temporada regular não for retomada, incluindo a capacidade de reter até 25% dos salários restantes dos jogadores em uma espécie de depósito da liga.
Uma reportagem publicada pelo portal The Athetic afirma ainda que, se a NBA começar a cancelar jogos, a cláusula de força maior do contrato coletivo será exercida automaticamente, na qual os atletas perderão cerca de 1% de seus salários a cada compromisso anulado.
A paralisação das atividades em razão do novo coronavírus é considerado um evento de força maior, pois impede que a NBA cumpra com suas obrigações conforme estabelecido no contrato de trabalho. Até o final da temporada, as franquias teriam ainda que disputar 18 jogos.