O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou ganho modesto nesta quinta-feira, 7, após oscilar durante o dia. Na Europa, o euro mostrou fraqueza, após um dado da economia da Alemanha e em dia de ata do Banco Central Europeu (BCE), e a libra esterlina se fortaleceu, após o primeiro-ministro do Reino unido, Boris Johnson, anunciar que deixará o posto.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 136,02 ienes, o euro recuava a US$ 1,0163 e a libra tinha baixa a US$ 1,2027. O índice DXY fechou em alta de 0,03%, a 107,130 pontos.
A moeda britânica esteve em foco, ganhando fôlego após Johnson dizer que renunciará, mantendo o cargo apenas enquanto o sucessor é escolhido dentro do Partido Conservador. Na avaliação da Capital Economics, a renúncia do premiê pode levar a cortes de impostos no país. A Oxford Economics, por sua vez, acredita que a libra esterlina deve ficar mais pressionada, com o quadro político atual no país. O NatWest, por sua vez, diz ver mais chance de derrapagem fiscal e mais emissão de gilts, projetando também que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) continuará a elevar juros. O banco afirma que os acontecimentos políticos são positivos no curto prazo para a libra, mas prevê riscos para ela, como o de uma disputa acirrada pela liderança do partido governista e, eventualmente, a chance de eleição antecipada a depender do quadro político que emergir.
O euro, por sua vez, caiu em dia de divulgação da ata do BCE. Os dirigentes mostraram preocupação com a inflação na zona do euro, mas também argumentaram contra um aperto excessivo e rápido, por seus potenciais efeitos negativos. Na agenda de indicadores, a produção industrial da Alemanha cresceu 0,2% em maio ante abril, abaixo da previsão de alta de 0,3% dos analistas.
Entre moedas emergentes e commodities, o dólar avançava a 79,193 rupias indianas, de 79,041 rupias no fim da tarde de ontem. O Banco Central da Índia anunciou medidas para tentar conter a queda da moeda local, bem como para elevar suas reservas cambiais.
Em relatório a clientes, a Capital Economics avalia que ainda há espaço para o dólar avançar até o fim deste ano. A consultoria acredita que a economia dos EUA manterá algum fôlego, se saindo melhor que a maioria das outras grandes economias, enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) fará um aperto mais agressivo que outros bancos centrais. Com ativos mais arriscados ainda sob pressão conforme a economia global desacelera, a demanda pela segurança do dólar seguirá apoiada, acredita a Capital.
Hoje, entre os dirigentes do Fed, o diretor Christopher Waller e James Bullard (presidente da distrital de St. Louis) falaram em apoiar uma alta de 75 pontos-base na reunião do BC americano neste mês.
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