A necessidade líquida de financiamento do governo federal neste ano é de R$ 1,067 trilhão, de acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2020 divulgado nesta terça-feira, 28, pelo Tesouro Nacional. Parte desses recursos será destinada a cobrir o rombo nas contas públicas, sobretudo com os gastos previdenciários.
Os vencimentos da Dívida Pública Federal (DPF) neste ano somam R$ 928,3 bilhões. O Tesouro reforçou que conta com uma reserva de liquidez equivalente a mais de seis meses do serviço de principal e juros da DPF em mercado. Esse colchão inclui o superávit financeiro de exercícios anteriores, no valor de R$ 262,3 bilhões.
A necessidade de financiamento para este ano também compreende R$ 376,3 bilhões para a o pagamento de despesas do Governo Central previstas para este ano, sendo que R$ 343,6 bilhões estão condicionadas à aprovação de crédito pelo Congresso Nacional. Do total, R$ 213,7 bilhões se referem a despesas com benefícios previdenciários.
<b>Moeda estrangeira</b>
O Tesouro Nacional informou nesta terça que já dispõe dos recursos em moeda estrangeira suficientes para honrar a totalidade do serviço da dívida externa (principal e juros) em 2020.
Ao todo, segundo o órgão, serão US$ 2,83 bilhões em vencimentos da dívida externa este ano, a maior parte deles (US$ 1,8 bilhão) em dólar.
"A dívida externa é importante para o alongamento da DPF (Dívida Pública Federal), além de contribuir para a diversificação da base de investidores", diz o Tesouro.
Segundo o órgão, esses papéis também são referência importante para as captações externas de empresas brasileiras.