Em pronunciamento publicado no seu perfil pessoal no Facebook, Néfi Tales Filho (PSL) anunciou a desistência da candidatura à Prefeitura de Guarulhos e também a renúncia ao cargo de presidente municipal do partido. Segundo Néfi, a decisão passou por “problemas de saúde e financeiros”.
“Quero comunicar a minha renúncia como candidato a prefeito e também a minha renúncia como presidente do Partido Social Liberal. É com muita tristeza que venho fazer essa comunicação, pois estou com sérios problemas financeiros e de saúde. Quero deixar um muito obrigado a pessoa que confiou em mim profundamente, ao presidente Luciano Bivar (presidente nacional do PSL)”, disse Néfi.
Em contato com o GuarulhosWeb, Néfi Tales afirmou que seguiu recomendações médicas para tomar desistir da campanha. “Essa decisão que tomei não foi só elaborada por mim. Ela foi por aconselhamento médico. Nesses confrontos que tivemos e as questões financeiras, de alguma forma gerou desgaste, que acabou acarretando em um problema de saúde. Fui aconselhado a me retirar. Estou com um problema delicado, e não posso ter emoções ou estresse forte e, juntando às questões financeiras, resolvi realmente renunciar, não só à candidatura, mas também à presidência do PSL”, lamentou.
O agora ex-candidato entrou numa batalha e obteve o controle municipal do PSL após uma série de episódios judiciais. Com o apoio de Bivar, ele se tornou o candidato em Guarulhos. Do outro lado, estava o advogado Matheus Tolentino Alan Bisneto, que apoia a tucana Fran Correa.
O controle do PSL Guarulhos passa às mãos do presidente do diretório estadual do partido, o deputado federal Júnior Bozzella. Néfi, por outro lado, questionado sobre um possível apoio a outro candidato no pleito municipal, enfatizou que não pretende cuidar da saúde apenas. “No momento, não. Eu tenho que seguir recomendações médicas e ficar afastado”, completou.
Advogado especializado em direito eleitoral, Alexandre Ramos acredita não haver mais tempo hábil para formalização de apoio do PSL, sob novo comando, em qualquer uma das chapas majoritárias. “Cabe ao Diretório Estadual nomear uma nova comissão executiva para assumir o partido. No tocante ao apoio, vai depender do estágio em que se encontram os processor de registro do Drap (Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários). O momento pra isso já foi. Essas deliberações são feitas em convenção e no período de convenções não havia essa possibilidade. Eu creio que nesse momento seria muito difícil fazer essa inserção”, afirmou Ramos.
“O partido pode dar o apoio num eventual segundo turno. Por exemplo, candidatos que não tiveram êxito passam a apoiar determinada candidatura, e esse apoio é feito de forma informal, porque não existe mais uma alteração nessa coligação. Então, nesse caso o partido vai escolher quem apoiar e esse apoio será oficial, mas informal pelo fato dele não participar da chapa que declarar apoio”, finalizou o especialista.