Assessores diretos dos dois candidatos a prefeito que avançaram ao segundo turno não estão encontrando tempo nem para respirar. Assediados por uma multidão de políticos – desde candidatos a vereador derrotados nas urnas, alguns eleitos, presidentes de partidos e até lideranças de bairros -, eles vêm recebendo as mais diversaspropostas. Algumas, inclusive, indecorosas.
A noiva da hora
O prefeiturável Guti (PSB), que obteve uma boa e até inesperada vantagem no primeiro turno, tornou-se a noiva da hora, de tantos assédios que vem recebendo. Até por isso, ele está sendo bastante criterioso no momento de ouvir o que querem lhe oferecer (ou lhe tirar) para se tornarem aliados. Com o discurso de que não loteará a Prefeitura, em caso de vitória, começou a colecionar alguns desafetos, que começam a migrar de graça para o outro lado.
Atrás do prejuízo
Já o deputado Eli Corrêa Filho (DEM), que já tinha a seu lado um grande grupo político, precisa ser cirúrgico para buscar outros apoios entre aqueles que restaram no jogo eleitoral. Em desvantagem no placar, apesar do segundo turno ser nova eleição, ele corre atrás do prejuízo para buscar uma virada nestes pouco mais de 20 dias de campanha.
Covardia
A posição de “neutralidade” do PT no 2º turno soou no meio político como um verdadeiro ato de covardia, já que o partido sempre considerou o voto branco ou nulo como uma ação antidemocrática. Fora do poder, o discurso mudou. No entanto, é possível observar que a posição oficial pode não se refletir nas urnas, já que boa parte dos quase 120 mil votos dados a Elói Pietá serão dirigidos a um dos dois candidatos. Eli espera levar vantagem, já que o oponente Guti passou os últimos quatro anos batendo no PT.
Sem atrapalhar
Sob a batuta do vereador Geraldo Celestino, o PSDB entra de cabeça na campanha de Guti para fazer valer a decisão da executiva municipal do partido. Até mesmo o reeleito Gilvan Passos, que havia anunciado seu desejo de apoiar Eli, precisou rever sua convicção, apesar de ninguém dentro da agremiação esperar que ele mova uma palha a favor do nome do PSB. “Se não ajudar, que pelo menos não atrapalhe”, soltou um tucano gutista.