O ex-primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu está negociando um acordo judicial para escapar da prisão e encerrar seu julgamento por corrupção. De acordo com um porta-voz do Ministério da Justiça de Israel e duas fontes envolvidas nas conversas, os termos judiciais poderão ser anunciados antes do fim do mês.
A barganha inclui a admissão de culpa, em alguns casos, em troca de uma redução da gravidade das acusações, o que significaria uma provável sentença de serviços comunitários.
Netanyahu é acusado de fraude, quebra de confiança e suborno em três casos diferentes. Ele nega todas as acusações. O que estaria emperrando o acordo é a inclusão de uma acusação de "torpeza moral", que sob a lei israelense impediria o ex-primeiro-ministro de ocupar um cargo político por sete anos.
Um eventual acordo pouparia Netanyahu de um longo e embaraçoso julgamento que concentraria a atenção do país e poderia manchar seu legado. Um porta-voz de Netanyahu se recusou a comentar.
Incluir a acusação de "torpeza moral" contrariaria a promessa de Netanyahu de retornar ao governo depois que seu mandato de 12 anos terminou no ano passado diante de uma coalizão de partidos díspares que têm pouco mais em comum do que sua oposição ao ex-primeiro-ministro.
Mas Netanyahu, que conseguiu resistir a várias tentativas de removê-lo do poder, poderá retornar quando o veto expirar. Ele teria quase 80 anos. <i>COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS</i>