A novela da construção de um lago artificial de mil metros quadrados na mansão de Neymar em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, continua. Uma nova vistoria da Secretaria de Meio Ambiente da cidade, realizada na manhã deste sábado, constatou que a suspensão da obra não estava sendo cumprida. Ao chegarem no local, localizado no condomínio Aero Rural, os fiscais identificaram movimentações na área interditada, o que caracteriza não só o rompimento do embargo, mas novas infrações ambientais.
Nas redes sociais, vídeos e imagens circulam mostrando Neymar recebendo amigos na área embargada e mergulhando no lago após ele ser interditado. O jogador esteve presente no imóvel na sexta-feira após a primeira vistoria da Secretaria de Meio Ambiente.
A inauguração do lago estava prevista para a última quinta-feira, mas foi interditada pela Secretaria de Meio Ambiente da cidade após inspeção da fiscalização constatar ao menos sete infrações ambientais no local.
Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente de Mangaratiba afirmou que "diante das novas provas, atestadas no auto de constatação n° 1.165, serão somadas ao processo já em curso, o que irá gerar novas infrações e multas, bem como, o encaminhamento de todos os relatórios elaborados nos últimos três dias aos órgãos de controle. O valor total das multas só serão somadas e emitidas após a sua apuração em processo administrativo com relatório técnico, documentos comprobatórios e parecer jurídico, o que deve acontecer na próxima semana".
Segundo a prefeitura, a construção do excêntrico lago artificial, além de um jardim e uma quadra de beach tênis na casa do jogador, promoveu sete infrações ambientais e foi suspensa pela secretária em ação com a Polícia Civil como medida cautelar para "parar a degradação" no local.
Ainda em nota, a secretaria apontou as irregularidades ambientais na obra: desvio de curso de água, captação de água de rio sem autorização, captação de água para lago artificial, terraplanagem, escavação, movimentação de pedras e rochas sem autorização e uso de areia de praia sem autorização ambiental. "O embargo foi emitido como medida cautelar para parar o dano ambiental."
De acordo com o órgão, nenhuma autorização ou licença dos órgãos públicos competentes foi apresentada pelo jogador ou seus responsáveis legais autorizando a obra até o momento.
A Genesis Ecossistemas , empresa responsável pela construção do lago, divulgou um comunicado para a imprensa no qual diz que "a Genesis Ecossistemas ressalta o seu total compromisso de respeito e integral cumprimento da legislação Brasileira em todas as suas atividades. Informa ainda que, até o momento, não obteve acesso aos supostos procedimentos instaurados, bem como que discorda veementemente das notícias até então veiculadas nos meios de comunicação, pois não correspondem à verdade".