Funcionários da saúde estão monitorando mais de 200 pessoas que podem ter sido expostas ao ebola no sul da Nigéria, além de trabalharem 24 horas por dia para encontrar mais pessoas que possam estar infectadas, numa corrida para conter a disseminação da doença no país mais populoso da África.
As autoridades do país estavam otimistas de que conseguiriam conter o surto da doença. O liberiano-americano que levou a doença para a Nigéria, quando chegou ao país de avião, foi rapidamente isolado e as autoridades disseram que estavam monitorando com sucesso as pessoas que tiveram contato com ele.
Mas, no mês passado, uma dessas pessoas escapou da vigilância e fugiu para Port Harcourt, no sul do país. Ele infectou um médico que, por sua vez, expôs dezenas de pessoas à doença pois continuou a tratar dos pacientes depois de apresentar os sintomas do ebola, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em outras partes do oeste africano, o surto está saindo do controle e já matou cerca de 1.900 pessoas até agora, segundo a OMS. Guiné, Libéria e Serra Leoa registraram centenas de mortes. O último país a registrar casos da doença foi o Senegal.
No sul da Nigéria, 200 pessoas foram identificadas como tendo sido expostas ao médico doente e estão sendo monitoradas, informou a ONU. Cerca de 60 dessas pessoas são consideradas com alto risco para contrair ebola.
As autoridades estão rastreando mais pessoas que entraram em contato com o médico e educando os moradores sobre a doença, disse o doutor Sampson Parker, comissário de saúde do Estado de Rivers, onde Port Harcourt está localizada.
Rumores, medo e confusão sobre o ebola, cujos casos costumam aparecer na região central da África, ajudaram a espalhar a doença. Algumas pessoas escondem os sintomas ou evitam cuidados médicos por considerarem que os hospitais são lugares onde as pessoas vão simplesmente para morrer. Fonte: Associated Press.