A Nissan, marca líder em vendas de carros elétricos no mundo, negocia com empresas geradoras e distribuidoras de energia de vários Estados brasileiros a instalação de postos de recarga para garantir o abastecimento do novo Leaf, modelo 100% movido a eletricidade que chegará ao País em 2019.
A infraestrutura é um dos itens que pode definir a demanda pelo modelo que também será vendido em outros sete países da América Latina. Outro item é o preço. Hoje, o carro custaria cerca de R$ 220 mil, calcula o presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva.
“Inicialmente será um nicho de mercado, mas gostaríamos de chegar a um preço próximo de um modelo similar (a combustão)”, diz Silva, para quem a redução da alíquota do IPI, hoje de 25%, seria importante.
A decisão de reduzir o imposto para elétricos e híbridos está nas mãos do governo, assim como o anúncio do novo regime automotivo, o Rota 2030. Ambos foram prometidos para fevereiro, mas estão travados.
A Nissan também estuda lançar uma versão do utilitário Kicks híbrido (com motor a combustão e bateria), além de realizar, ainda este ano, novos testes com um protótipo a célula de combustível, cujo hidrogênio é gerado por etanol.
Autônomo. Ontem (9) a Nissan apresentou em São Paulo as tecnologias futuras que desenvolve globalmente, especialmente para carros autônomos.
O grupo tem uma equipe que visita os países, incluindo o Brasil, para identificar a cultura local do trânsito. O objetivo, explica a cientista Melissa Cefkin, é prover a inteligência artificial dos carros autônomos para agirem de acordo com a situação local e tomar decisões, sobretudo em emergências.
Ver carros sem motoristas nas ruas brasileiras, porém, vai demorar. Silva diz que, no Japão, onde já ocorrem testes, a previsão de lançamento é 2022. “No Brasil, vai demorar mais 10 a 15 anos.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.