Considerado o sistema hídrico mais importante de São Paulo, o Cantareira foi o único manancial a se manter estável nesta terça-feira, 6, segundo relatório divulgado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Mesmo com o baixo volume de chuva, três sistemas registraram aumento na quantidade de água represada, enquanto outros dois reservatórios sofreram queda.
Responsável por atender 5,2 milhões de pessoas, o Cantareira continua operando com 16,7% da capacidade, mesmo índice dos dois dias anteriores. Esse cálculo, tradicionalmente divulgado pela Sabesp, considera duas cotas do volume morto como se fossem volume útil do sistema. Há 11 dias o Cantareira não sofre queda. A última vez foi em 24 de setembro, quando o nível do manancial baixou de 16,2% para 16,1%.
Apesar de não ter chovido sobre a região nas últimas 24 horas, a pluviometria no início deste mês tem superado a expectativa. Até o momento, o volume acumulado é de 41,6 milímetros, cerca de 67,7% a mais do que se a média histórica, de 4,1 mm por dia, estivesse se repetindo.
O Cantareira também se manteve estável em – 12,6%, de acordo com o cálculo negativo do sistema, que passou a ser publicado após decisão judicial. No terceiro índice, o manancial continua operando com 12,9%.
Outros Mananciais
Atual responsável por abastecer o maior número de clientes da Sabesp (5,8 milhões), o Guarapiranga sofreu sua segunda queda consecutiva e opera com 78,5%. O índice é 0,1 ponto porcentual menor comparado ao dia anterior, quando estava com 78,6%. O Alto Cotia também sofreu baixa e desceu de 61,2% para 61%.
O Alto Tietê, que atravessa crise severa, teve aumento de 0,1 ponto no nível do sistema. O volume acumulado de água chegou a 15,5%, ante 15,4% no dia anterior. O índice já considera um volume morte acrescentado no ano passado.
O Rio Claro e Rio Grande também tiveram aumento de 0,4 ponto porcentual e 0,2 ponto, respectivamente, e operam com 57,4% e 86,8%.
