Economia

NJE discute propostas para produção sustentável

7° Encontro deu início a uma série de atividades que servirão de base para a implementação de políticas públicas

O segundo dia do 7° Encontro Jovem Empreendedor Ciesp, em Guarulhos, que teve como tema "A Indústria construindo uma economia sustentável", deu início a uma série de atividades que servirão de base para a implementação de políticas públicas, conforme adiantou Carlos Frederico Faé, diretor-titular do Núcleo de Jovens Empreendedores/Ciesp.

"Nosso objetivo é sair daqui com propostas para as empresas, as entidades, o poder público. O Encontro não termina hoje. Vamos levar essa experiência para os nossos negócios", discursou Faé, na manhã desta quarta-feira, 22, no Centro Cultural Adamastor. À tarde, o evento seguiu com a realização de três oficinas nas áreas de Gestão de Resíduos, Ecoeficiência e Empreendedorismo Sustentável.

A partir do conteúdo debatido nas oficinas, o Núcleo de Jovens Empreendedores deverá compilar as ideias e propostas em um site, para dar prosseguimento às discussões. Além disso, o Grupo de Responsabilidade Social da DR Guarulhos lançará uma cartilha de boas práticas sustentáveis, e uma série de ações que serão sistematizadas junto às instituições de ensino. A Fatec, a Universidade Guarulhos (UNG), Faculdades Torricelli e FIG Unimesp marcaram presença no debate promovido pelo NJE.

"A ideia é que essas ações norteiem o ambiente industrial, e este encontro marca o início desse movimento, que contará com a capilaridade das escolas e universidades", afirmou o coordenador do NJE Guarulhos, Nilson Cruz. "A sustentabilidade tem que ser tratada como competência empresarial", acrescentou.

Case – O 7° Encontro NJE contou ainda com a apresentação do case da Filtertek, fabricante de componentes industriais, que conseguiu uma economia de R$ 3,7 milhões somente na unidade de Guarulhos, nos últimos três anos, com algumas adaptações: utilização de telhas transparentes para ampliar a iluminação; banco de capacitor para rede elétrica; injetora elétrica, que consome 50% menos energia; manipulador automático de peças e a implantação de um software de gerenciamento da produção, que reduziu a perda interna de 4% para 1,6% do faturamento.

Segundo o diretor da empresa, Wanderlei Bastos, 99,7% da matéria-prima (resina) é utilizada no processo produtivo. A perda de 0,03% ou volta para a produção, ou vai para reciclagem. "Cerca de 40% da poluição que vai para o Tietê sai de Guarulhos. É preciso repensar, acreditar que é possível ser sustentável com pequenas atitudes. É a sua parte no processo", explicou Bastos.

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