O volume do programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) do Banco Central Europeu (BCE) não é um boa forma de avaliar a posição da política monetária do BC comum, segundo afirmou nesta quarta-feira o economista chefe do BCE, Philip Lane, durante evento online organizado pelo Instituto para Estabilidade Monetária e Financeira.
De acordo com ele, a zona do euro ainda está "distante" da meta de inflação sustentada de 2% ao ano do BCE, e tampouco as expectativas inflacionárias estão "ancoradas". Lane afirmou estar contente com o fato de que a política acomodatícia do banco está ajudando a elevar o núcleo da inflação, que exclui setores da economia voláteis, como energia e alimentos.
O economista também argumentou que a curva de juros na região ainda está "bastante baixa", ainda que não na mesma medida dos números vistos em dezembro de 2020.
<b>Taxas juros</b>
Philip Lane afirmou também que uma decisão sobre reduzir o ritmo das compras de bônus é algo independente do debate entre os dirigentes sobre o nível dos juros. A declaração está em linha similar a declarações recentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Eke disse que o BCE encerrará seu programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) antes de uma elevação nos juros. Notou também que as compras de bônus têm sido eficazes no período da pandemia, mas isso não significa que sejam necessárias em tempos normais.