Estadão

Não defendo intervenção, mas precisamos das forças federais, diz Paes

<i>At.te, srs.,

A nota publicada anteriormente atribuiu incorretamente, no título, uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao prefeito Eduardo Paes. Segue texto corrigido: </i>

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), disse não ver necessidade de intervenção federal no Estado diante dos ataques de milicianos nos últimos dias. O prefeito disse ser a favor do reforço que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou às Forças Armadas nos portos e aeroportos da cidade, mas pontuou ser insuficiente para combater o crime.

"Não acho que haja necessidade de intervenção federal. Acho que há necessidade de muita parceria", disse o prefeito em coletiva a jornalistas nesta quarta-feira, 25. "O governo federal precisa oferecer parceria, e na minha opinião, essencialmente uma parceria com as forças da Polícia Federal, muita inteligência, muito controle sobre agentes públicos, políticos e policiais que tem desvio de conduta."

Na terça-feira, 24, Lula afirmou que pedirá para as Forças Armadas reforçarem atuação em portos e aeroportos para combater o crime organizado e o tráfico de armas no Rio de Janeiro. "Não queremos pirotecnia. Não queremos fazer uma intervenção como já foi feito e não deu em nada. Não queremos tirar a autoridade do governador do Rio", afirmou o chefe do Executivo.

"Eu não defendo intervenção (federal), não acho que tenha que ter isso, mas eu acho que a gente precisa das forças federais, principalmente a PF, assumindo papel de protagonismo na política de segurança pública do Rio de Janeiro", comentou o prefeito.

Paes pontuou que sua atuação como prefeito no debate da segurança pública é limitado, mas que irá agir em parceria com o governador do Estado, Cláudio Castro (PL). "Acho muito importante essa parceria com o governo federal, mas nós precisamos entender que a situação no Rio é muito grave e não podemos minimizar o que está lá acontecendo", declarou.

"Não dá para fazer uma ação, outra acolá. E principalmente não pode politizar as forças de segurança pública. A gente precisa de muita Polícia Federal ajudando a polícia do Rio a cumprir sua organização."

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