Estadão

No Japão, premiê Kishida considera dissolver seu partido, após abertura de investigação

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou nesta quinta-feira, 18, que está considerando dissolver parte do seu partido, na esteira de notícias sobre a abertura de uma investigação de um escândalo envolvendo uso indevido de fundos de campanha, informaram veículos da mídia japonesa.

Em coletiva de imprensa, Kishida afirmou que se dissolver o Partido Liberal Democrata (PLD) "contribuir para restaurar a confiança na política, vamos considerar desfazer a nossa facção Kochi-kai", de acordo com o jornal <i>Fuji News Network (FNN)</i>.

Mais cedo, fontes revelaram que procuradores do Japão irão investigar um antigo contador do partido de Kishida, em função de um escândalo de fundos de campanha, noticiou o <i>Kyodo News</i>. Segundo as fontes, o ex-tesoureiro da facção – da qual Kishida saiu no início de dezembro – deverá ser acusado, nesta sexta-feira (19), de não ter declarado cerca de 30 milhões de ienes (US$ 203 mil) em um período de três anos até 2020, disseram as fontes.

Os promotores têm investigado várias facções do PLD em meio a alegações de que elas não informaram a receita de festas para arrecadação de fundos, violando a lei de controle de fundos políticos. Conforme a reportagem do <i>Kyodo News</i>, autoridades do governo relataram que, após a notícia de abertura das investigações, a facção Kochi-kai apresentou ao Ministério de Assuntos Internos e Comunicações uma correção nos relatórios de fundos políticos de três anos até 2022. A facção de Kishida admitiu não ter informado sua receita previamente, atribuindo a causa a erros na contabilidade.

Na semana passada, o escritório de Promotores Públicos do Distrito de Tóquio já havia realizado sua primeira prisão relacionada ao escândalo, ao deter o ex-vice-ministro da Educação Yoshitaka Ikeda, abalando a liderança de Kishida, em um governo já conhecido por sua impopularidade. *Com informações da Associated Press.

Posso ajudar?