O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a provocar aglomeração ao sair para passear em uma praia em Guarujá, no litoral de São Paulo, e cumprimentar apoiadores na manhã desta quarta-feira, 30. Sem máscara, o mandatário abraçou e tirou fotos com dezenas de pessoas, a maioria também com o rosto desprotegido.
Antes de se aproximar do público, ele afirmou, em transmissão ao vivo em suas redes sociais, que "se arrisca um pouco para ver o que acontece", em referência à pandemia de covid-19.
Bolsonaro foi passar a virada do ano no Forte dos Andradas, situado no município do litoral paulista.
O chefe do Planalto voltou a se dirigir a governadores estaduais que, nas suas palavras, "teimam em fechar tudo", alegando que "seis meses de <i>lockdown</i> não deu certo".
"O povo está aqui na praia, muitos vão falar que tem aglomeração, mas, como eu disse lá no começo, temos que enfrentar, tomar conta dos idosos e pessoas com comorbidades e tocar a vida", sustentou o presidente.
O apelo a gestores foi feito por Bolsonaro ao comentar o fim do pagamento do auxílio emergencial a desempregados, informais e autônomos. Ele reconheceu que os beneficiários querem a renovação do auxílio, mas argumentou que a capacidade de endividamento do País teria chegado ao limite.
Falando com apoiadores amontoados junto a grades que o separavam do público, a maioria sem máscara, Bolsonaro admitiu que tem alguns momentos de relaxamento, mas, mesmo durante esse tempo, o Brasil continuaria sendo administrado.
<b>Sem manifestação sobre vacina</b>
Em nenhum momento o presidente comentou a demora para a vacinação nacional contra o novo coronavírus, apesar de a imunização já ter começado nos Estados Unidos, na Europa e, também, em países da América Latina.
"2020 foi um ano atípico, era para estarmos muito bem, mas lamentavelmente veio a pandemia. As consequências estão aí, endividamento grande. Temos informações que a economia está reagindo", disse o chefe do Planalto.