Estadão

No México, Obrador não consegue impor limites a empresas no setor elétrico

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, não conseguiu votos suficientes, no fim do domingo, 17, para aprovar uma reforma constitucional que limitaria a presença de empresas privadas e estrangeiras no setor elétrico. As reformas teriam revertido boa parte da abertura de mercado no setor realizada pelo presidente anterior, Enrique Peña Nieto, em 2013, e geravam preocupações entre autoridades e empresas dos Estados Unidos.

A Câmara dos Deputados votou 275 a 223 a favor da medida, mas bem abaixo dos 333 votos necessários para as mudanças constitucionais. A votação marcou uma das poucas derrotas legislativas de López Obrador desde sua posse, no fim de 2018. Ele prometeu, porém, enviar lei separada que nacionalizaria a mineração de lítio.

A reforma buscava garantir que pelo menos 54% da eletricidade do país fosse gerada por usinas estatais, as quais poluem mais. Empresas privadas e estrangeiras, que têm construído usinas eólicas e a gás, ficariam com até 46% do mercado. Para os críticos, a mudança prejudicaria investidores e sua confiança no país. Fonte: Associated Press.

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