A candidata Keiko Fujimori, que está à frente nas pesquisas eleitorais, poderá manter-se na disputa pela presidência do Peru, sentenciou nesta quinta-feira o tribunal eleitoral do país. O primeiro turno ocorrerá em 10 de abril, porém havia sido lançada uma contestação judicial contra a candidatura de Keiko por suposta transgressão da lei de doações do país.
O processo que pedia a exclusão de Keiko começou na última semana, porque durante um evento ocorrido em 14 de fevereiro, no qual ela esteve presente, foi dado de presente US$ 89 aos ganhadores de um concurso de hip hop e break dance. O valor supera os US$ 6 em doações previstos como o máximo permitido pela lei eleitoral, que prevê expulsão em caso de violações à norma.
A resolução do Jurado Eleitoral Especial, publicada na quinta-feira, afirmou que a filha do ex-presidente detido Alberto Fujimori “não incorreu na conduta proibida de oferecer nem entregar dinheiro ou presentes com a finalidade de obter votos”.
Nas duas últimas semanas, ocorreram três marchas na capital contra a candidatura de Keiko. O pai dela cumpre 25 anos de prisão por responsabilidade no homicídio de 25 peruanos durante seu governo, entre 1990 e 2000, e também acumula outras quatro sentenças por corrupção.
Dezessete dias antes do primeiro turno da eleição presidencial, nenhum candidato chega aos 50% necessários para garantir a vitória sem uma nova votação. Caso isso se mantenha, haverá segundo turno em 5 de junho. O vencedor do processo assumirá o posto do atual presidente, Ollanta Humala, em 28 de julho. Fonte: Associated Press.