O primeiro programa eleitoral dos candidatos ao governo de São Paulo começou nesta quarta-feira, 20, sem ataques entre os principais postulantes ao Palácio dos Bandeirantes. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, apostou no discurso da continuidade. Já Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT) se apresentaram e evitaram críticas ao atual governo. A crise hídrica, questão mais abordada entre os candidatos até agora, também não foi mencionada.
A propaganda tucana apresentou Alckmin como gestor experiente. Simulando um programa de entrevistas, um locutor enumerava as ações do tucano e concluía dizendo que não é “qualquer pessoa” que pode governar o Estado. Um recado a seus principais adversários, Skaf e Padilha, que tentam assumir um cargo como governante pela primeira vez.
O programa terminou com o jingle do candidato, que reitera o mote “São Paulo não pode parar”, e não fez menções a Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência.
Paulo Skaf
Com um minuto a mais de exposição do que Alckmin, Skaf usou parte de seus 5min58s para se apresentar ao eleitor. O programa procurou vincular sua imagem à sua trajetória à frente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e à ideia do novo, associado ao slogan “existe um outro caminho”.
Ao narrar a história do candidato, o programa mencionou a implantação da escola em tempo integral na rede Sesi e o investimento em ensino técnico no Senai, suas principais bandeiras de campanha. Uma paródia do hit “Lepo lepo” permeou a propaganda, que encerrou com a mensagem de que Skaf vai “fazer mais e melhor”.
Alexandre Padilha
O ex-ministro da saúde começou o programa com a sua biografia narrada ao som de hip hop e pagode. A música contou desde a história de seu pai, Anivaldo Pereira Padilha, preso político durante a ditadura, até a chegada do petista ao ministério e sua proximidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a presidente Dilma Rousseff.
Com uma mensagem focada no social, a propaganda exaltou o Mais Médicos, criado na gestão de Padilha, e as promessas de criação do bilhete único metropolitano. A exemplo de Alckmin, a peça simulou um programa de entrevista entre Padilha e dois locutores, e terminou com uma mensagem de Lula sobre o petista que também apareceu nas propagandas dos deputados estaduais.
Eduardo Campos
O PSB usou seu tempo para prestar homenagem ao ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na semana passada. O programa foi apresentado pelo presidente estadual do PSB paulista, deputado Márcio França, também candidato a vice na chapa de Alckmin.