O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, afirmou nesta sexta-feira que a inflação no Reino Unido subirá mais, por causa dos preços de energia. Segundo ele, porém, é difícil prever o quanto, neste momento.
Durante evento da semana de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), Bailey também disse que o BoE está "em trajetória de aperto", após três elevações nos juros.
Bailey disse acreditar que será possível conduzir um "pouso suave" da economia do Reino Unido, contendo a inflação sem provocar contração econômica, mas admitiu que "é um caminho estreito". A trajetória dos preços agora depende "de modo crucial" dos preços de energia, destacou. O dirigente ainda advertiu para potenciais efeitos secundários da inflação.
Também presente no evento, a primeira vice-diretora-gerente do FMI, Gita Gopinath, notou que a inflação "é um fenômeno disseminado pelo mundo", no quadro atual, embora obviamente com diferenças no impulso a depender do país.
De qualquer modo, ela notou que os preços continuam a surpreender para cima recentemente em muitas nações. Ainda assim, também apontou que as pessoas em geral continuam a esperar que a inflação desacelere nos próximos anos.
Gopinath ainda comentou que o fato que poderia ser mais positivo para o controle da inflação, no atual contexto, seria o fim da guerra na Ucrânia. Ela admitiu, porém, que o conflito "realmente pode durar um longo tempo".