O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, foi ao Twitter comemorar o acesso que ele e outros deputados que compõem a Assembleia Nacional venezuelano tiveram à sede da instituição nesta terça-feira, 7. A entrada dos parlamentares se deu depois de repressão de forças de segurança fiéis a Maduro, que, desde anteontem, impediam Guaidó e políticos simpáticos a ele de entrarem no prédio para participar da votação da nova Mesa Diretora.
"Hoje, os deputados da Assembleia Nacional, eleitos pelo voto do povo, derrotamos a vontade de um golpe legislativo orquestrado pela ditadura e seus cúmplices. Aqueles que pretendiam usurpar durante algumas horas a Mesa Diretora da Assembleia fugiram como covardes que são", tuitou Guaidó, que defende sua reeleição ao cargo de presidente do parlamento. A liderança da Assembleia também é reafirmada pelo ex-aliado da oposição a Maduro, Luís Parra.
Guaidó disse esperar reação do governo de Maduro depois do que chamou de "derrota política" e disse que para enfrentar o presidente venezuelano "é necessário estarmos unidos e mobilizados como hoje".
Também pelo Twitter, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou que os EUA continuam apoiando Guaidó. "Os Estados Unidos continuarão a apoiar o presidente Juan Guaidó e o povo da Venezuela, e vai reunir todas as outras nações do globo comprometidas com a liberdade a fazer o mesmo. Nós fazemos isso porque Ocidente deveria ser um lugar de liberdade", tuitou Pompeo.
Mais de 50 países reconhecem Guaidó como presidente legítimo da Venezuela, incluindo o Brasil.