O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo não vai esperar a conclusão da tramitação da reforma tributária sobre os impostos de consumo para enviar a segunda fase da mudança. Ele disse, em entrevista ao podcast <i>O Assunto</i>, que a nova fase da tributária precisa ir ao Congresso ao mesmo tempo que o projeto de Orçamento.
Haddad confirmou que se encontrará com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta terça-feira, 11, pela manhã, para discutir a reforma tributária, como já mostrou o <b>Estadão/Broadcast</b>.
"Do mesmo jeito que marco fiscal e PEC andaram juntos, o Orçamento terá de andar junto com a segunda fase. Para garantir as metas do marco fiscal, preciso que o Congresso aprecie essa segunda etapa junto com a peça orçamentária, que terá como pressuposto a aprovação dessas medidas pelo Congresso. Caso contrário, haverá restrição na peça orçamentária", disse.
O ministro argumentou que precisa que o Congresso enxergue um orçamento equilibrado dos pontos de vista de receita e despesa. "Precisamos criar um ambiente saudável no Brasil para atração de investimentos", afirmou.
Haddad argumentou que assim como o Congresso fará sua parte, o Banco Central também precisará, harmonizando a política monetária ao fiscal. "Dependo da atividade para arrecadar", disse, acenando esperar redução de juros a partir de agosto.
O ministro ainda reiterou um ponto sobre o viés arrecadatório das medidas. "Não temos objetivo de criar imposto", disse, acrescentando que é o crescimento da economia que aumentará arrecadação.