Dois filhotes de mico-leão-preto nasceram na Fundação Parque Zoológico de São Paulo no dia 16 de agosto. Única espécie endêmica – que ocorre somente em uma determinada área ou região geográfica – no Estado, os animais estão na categoria "em perigo de extinção", tanto na lista nacional como na classificação internacional da IUCN (International Union for Conservation of Nature). Desde 2014, o mico-leão-preto é considerado patrimônio ambiental de São Paulo e animal símbolo da conservação da fauna.
A instituição registrou o nascimento dos filhotes em uma área restrita conhecida como "micário", destinada à reprodução de três das quatro espécies de micos-leões existentes: mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus), mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) e mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia).
Com os novos moradores, a população na fundação soma agora 35 indivíduos, a maior do mundo mantida sob cuidados humanos. Segundo o zoológico, os filhotes ficarão com os pais por um longo período, recebendo os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento. De acordo com o censo realizado com a espécie em 2019, a população cativa do planeta inteiro é de apenas 61 indivíduos, número muito reduzido para um programa de conservação a longo prazo. Na natureza, essa população é de 1,4 mil.
Reprodução. A Fundação Zoológico é uma das poucas instituições que conseguem reproduzir o mico-leão-preto em cativeiro, fato importante para o futuro da conservação desse tipo raro de primata. Para isso, o manejo é guiado por estudos genealógicos das populações cativas de todo o mundo, reunidas em um livro chamado Studbook. Por meio de parcerias de zoológicos com instituições mantenedoras são selecionados animais visando a alcançar sucesso reprodutivo. Nos últimos meses, a Fundação Zoológico informou que também registrou outros importantes nascimentos de espécies nativas ameaçadas de extinção, como a arara-azul-de-lear e o sagui-da-serra-escuro.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>