Estadão

Nos 100 anos do Partido Comunista, Xi faz discurso contra interferência externa

O líder Xi Jinping comemorou nesta quinta-feira, 1º, o centésimo aniversário do Partido Comunista Chinês (PCC) com apelos à unidade nacional e desafio à pressão estrangeira. O povo do país "nunca permitirá que nenhuma força estrangeira nos intimide, oprima ou escravize", disse Xi. "Qualquer um que tentar fazer isso será golpeado e ensanguentado por colidir com uma grande parede de aço forjada por mais de 1,4 bilhão de chineses usando carne e sangue", afirmou ele, atraindo aplausos.

Dirigindo-se a uma multidão de milhares reunida na Praça Tiananmen, em Pequim, Xi deu um tom gritante ao relatar os sucessos do partido em superar desafios internos e externos – desde a eliminação da pobreza rural até a resistência à agressão imperialista. Ele insistiu que a China emergiu irreversivelmente da humilhação passada por potências estrangeiras para uma era de orgulho e prosperidade.

Em seu discurso, o Xi ofereceu pouco em termos de novas políticas e principalmente reafirmou suas prioridades, como o combate à corrupção, o fortalecimento dos militares e a busca da unificação com a ilha autogerida de Taiwan. Ele também ofereceu garantias de que a China deseja ser um contribuinte pacífico e positivo para a ordem global, contrariando as críticas ao que os governos ocidentais chamam de diplomacia abrasiva de Pequim.

Embora não tenha feito menção às denúncias lideradas pelos EUA às políticas industriais de Pequim e à supressão das liberdades civis em Hong Kong e Xinjiang, ele sinalizou seu desafio invocando a linguagem patriótica de discursos anteriores. Ele insistiu que a China sozinha decidiria seu caminho e não toleraria interferência estrangeira em seus assuntos.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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