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Nova edição do Mais Médicos apresenta recorde de inscrições de profissionais

A nova edição do Mais Médicos apresentou recorde de inscrições de profissionais. O Ministério da Saúde registrou 15.747 pessoas interessadas em participar do programa. Elas vão disputar 4.146 vagas, das quais 361 são de reposição. O maior interesse de profissionais com diploma brasileiro é resultado da fusão do programa com o Provab, outra iniciativa do governo para tentar aumentar o provimento de profissionais em áreas consideradas prioritárias. Com a mudança, todo profissional, depois de um ano no programa, tem direito a um bônus de 10% nos exames de residência. Um atrativo e tanto, em razão da alta concorrência na disputa vaga em cursos ofertados em universidades federais.

O número apresentado ontem (4) pelo ministério é menor, por exemplo, do que o apresentado na primeira rodada do programa, ainda em 2013. Naquele ano, 18.450 fizeram a inscrição. Mas o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que comparações não podem ser feitas. “O banco de dados está limpo. Todos os candidatos apresentaram informações completas”. Na avaliação do ministério, os números atuais são mais confiáveis. Por enquanto, a relação candidato vaga é de 3,7. Ao anunciar os números, Chioro disse ser cedo para antever se, com o aumento do interesse em profissionais brasileiros, será possível dispensar o recrutamento de médicos cubanos. “Temos de aguardar”, disse. Ele avalia haver a possibilidade de parte dos profissionais desistir, principalmente em regiões mais afastadas.

Nesta nova etapa, o programa foi ampliado em número de vagas e alcance: 273 cidades foram incluídas, agora totalizando 4.058 a lista de localidades beneficiadas, além de 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Até agora, participam do programa, lançado em 2013, 14.462 profissionais, distribuídos em 3.785 municípios. O orçamento deste ano para o programa é de R$2,69 bilhões. A previsão do ministério é a de que o número de brasileiros atendidos no Mais Médicos passe de 50 para 63 milhões.

Das 4.505 vagas solicitadas por municípios, 359 não foram autorizadas. Os motivos para recusa do ministério foram desde falta de estrutura mínima para trabalho dos profissionais quanto o entendimento de que as cidades não necessitavam do número requisitado de profissionais. “Novos ciclos serão lançados. Se mudanças forem realizadas e municípios melhorarem as condições de atendimento eles poderão novamente participar do processo”, disse Chioro.

A maior parte dos profissionais que se candidataram a uma vaga do Mais Médicos optou por receber o bônus de 10% – 11.736 profissionais. Os 3.081 restantes escolheram os benefícios dos Mais Médicos – auxílio, por exemplo, para pagamento de despesas com moradia e alimentação. Outros 930 médicos já atuavam no Provab e solicitaram permanecer no programa. Os profissionais tem até hoje (quinta) para indicar até quatro municípios que tenham interessem em atuar. O profissional concorre somente com aqueles que optarem pela mesma cidade. Caso existam vagas, dia 10 será aberta uma nova chamada, desta vez para profissionais brasileiros com diploma no exterior. Se mesmo assim as vagas não forem preenchidas, será a vez de médicos estrangeiros. A ideia do governo é lançar trimestralmente oferta de vagas que estejam abertas.

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