A CCR NovaDutra e a Polícia Rodoviária Federal devem ampliar o horário de funcionamento da agulha de acesso da pista local para a pista expressa da Rodovia Presidente Dutra, na altura do km 228,7, sentido Rio de Janeiro, para o fim do horário de pico da tarde/noite, por volta das 21h. Hoje o funcionamento acontece apenas durante a luz do dia, por questões de segurança no acesso, que foi aberto no fim de janeiro com o objetivo de minimizar os efeitos da interdição da ponte que liga a pista expressa da Marginal Tietê à Dutra, por problemas estruturais.
A decisão foi um dos compromissos assumidos em reunião convocada pelo procurador da República Guilherme Rocha Göpfert, realizada na manhã desta terça-feira, 26/02, na sede do Ministério Público Federal em Guarulhos. “A interdição da ponte tem causado sérios transtornos. Os impactos são sentidos pelos usuários do Aeroporto de Guarulhos, bem como por todos aqueles que trafegam pela Via Dutra e dirigem para Guarulhos ou outras cidades. O conserto da ponte é urgente e minha intenção em chamar todos os órgãos envolvidos na questão é pensar em soluções também urgentes”, destacou o procurador.
Além da NovaDutra e da PRF, participaram da reunião representantes das prefeituras de São Paulo e Guarulhos, da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e da concessionária GRU Airport.
Segundo Virgílio Leocádio, gestor de atendimento da CCR NovaDutra, o funcionamento apenas durante o dia obedece à orientação da PRF por questões de segurança. “Não é simplesmente abrir o acesso. Há um declive da pista local para a expressa. Além disso, não há pista de desaceleração para que o tráfego acesse a pista expressa sem riscos de acidentes”, explicou ele, lembrando que antes, um dia após o fechamento da ponte, a concessionária abriu outra agulha de acesso, no km 227, este substituído por ser ainda mais precário.
Leocádio disse ainda que a solução definitiva para o local é uma obra emergencial que refaça o pavimento do canteiro, as galerias para escoamento da água pluvial e as pistas de desaceleração. “Isso pode ser feito em até 10 dias, mas antes a ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] precisa aprovar nosso projeto, que já está nas mãos deles”, completou. Enquanto a aprovação da obra definitiva não sai, a PRF vai reforçar a sinalização para que o acesso funcione até o fim do horário de pico.
Liberação da ponte
Na reunião convocada pelo MPF, o engenheiro Mário Mondolfo, da Secretaria de Infraestrutura Urbana da Prefeitura de São Paulo, explicou como foi detectada a falha estrutural na ponte. “Com o problema ocorrido na ponte da Marginal Pinheiros, nós revertemos uma decisão contrária do Tribunal de Contas do Estado para realizar vistorias emergenciais em 33 pontes e viadutos da cidade de São Paulo. E encontramos na ponte de acesso à Dutra exatamente o mesmo problema daquela em Pinheiros”, apontou.
Mondolfo não quis precisar um prazo para liberar a ponte, mas informou que o contrato de obra emergencial tem prazo máximo de 6 meses. “O da ponte na Marginal Pinheiros também era de 6 meses, mas entregamos em 4. Neste também faremos o possível para antecipar a liberação”.
A Prefeitura de Guarulhos esteve representada pelo secretário de Transportes e Mobilidade Urbana Paulo Carvalho – e seu adjunto Marcio Pontes – e pelo secretário de Justiça Airton Trevisan. “Os problemas de tráfego na Dutra e de relacionamento com a NovaDutra sempre foram conhecidos em Guarulhos. A concessionária nos atende muito pouco há tempos. Com a interdição da ponte, houve aumento de reclamação de usuários e do transporte público, que enfrentam mais lentidão do que o normal”, afirmou Carvalho.