Ontem, mais uma vez, a Câmara Municipal deixou de realizar sessão por falta de vereadores. Foi terceira vez no ano. O presidente da Câmara Municipal, Eduardo Soltur (PV), abriu a sessão às 14h15, mas teve que encerrar minutos depois já que não havia número suficiente de parlamentares.
Os vereadores deixaram de votar 26 requerimentos, 10 projetos a serem encaminhados às comissões técnicas e a discussão de oito projetos, entre eles, o que permite a liberação da avenida Paulo Faccini e das praças Getúlio Vargas, no Centro, Santos Dumont, na Vila Galvão, e Oito de Dezembro, no Taboão, para a realização de eventos.
Em 2010 foram 12 sessões encerradas por falta de quórum. O vereador Jonas Dias (PT) reclama que algumas comissões marcam reuniões a partir das 13h30 e com isso há parlamentares que não chegam a tempo para a sessão às 14h. Soltur concorda e promete conversar com os presidentes para não realizarem reuniões em horários próximos as sessões. "É complicado. Não sei o que os vereadores estão fazendo", diz.
Levantamento do HOJE, publicado em 28 de abril, aponta que somente 18% dos vereadores permanecem do início ao término das sessões em mais da metade das sessões realizadas. A reportagem anotou os nomes dos parlamentares que chegavam até 14h30 nas sessões (atraso de até meia hora) e os que ficavam no plenário até a votação do último projeto.
O Regimento Interno da Câmara informa que os vereadores devem estar nas sessões terças e quintas-feiras, das 14h às 18h. A reportagem revelou em 1º de dezembro de 2009 que os parlamentares assinavam a lista de presença das sessões sem estarem presentes para não ter redução de 12,5% do salário, que é R$ 9.288,05.
Servidores – Soltur afirma que o projeto de reajuste salarial dos servidores será deliberado, aprovado pelas comissões e em duas votações no plenário na quinta-feira.
